Montadora precisaria de um empréstimo de R$ 30 bilhões para sobreviver à crise. Ministro das finanças da França afirmou, em declaração à Reuters, ser preocupante a situação do fabricante francês
Por Marcello Oliveira
Uma notícia publicada pela agência Routers na manhã desta sexta-feira (22), preocupou o mundo automotivo. O ministro das finanças da França, Bruno Le Maire, afirmou que a Renault corre o risco de desaparecer. A montadora francesa precisaria de uma ajuda bilionária para sobreviver neste momento de crise.
Na tentativa de salvar a empresa, o ministro disse que considera um empréstimo de € 5 bilhões, algo equivalente a aproximadamente R$ 30 bilhões. Ele alerta que o futuro da empresa está em risco.
“Sim, a Renault pode desaparecer”, disse o ministro francês à rádio Europe 1 e publicada no site da agência Reuters.
No entanto, Le Maire afirmou que a fábrica da Renault em Flins, na França, não deve fechar e que a empresa deve manter o número máximo possível de empregos no país porém, a montadora, precisa se “adaptar e ser competitiva”.
A montadora japonesa Nissan, que compõe aliança com a Renault, também não está em situação confortável. O jornal japonês Kyodo, disse que a Nissan pode cortar 20 mil empregos em todo o mundo, principalmente na Europa e nos países em desenvolvimento.
Na próxima semana, Renault e Nissan deverão anunciar uma atualização da aliança em face dos desafios que a companhia está enfrentando na pandemia do coronavírus. A Reuters lembrou que a relação das duas marcas está abalada desde a prisão do chefe da aliança, Carlos Ghosn, em 2018, por má conduta financeira.
À Reuters, a Renault se recusou a comentar as declarações do ministro na França. Aqui no Brasil, a Renault mantém uma fábrica em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba e emprega 7.300 pessoas diretamente.
Procurada pelo Carro Esporte Clube, a Renault do Brasil não se manifestou até a publicação deste texto.