Articulação do governo e da Embraer junto a clientes americanos driblou tarifaço de Trump. Mais de 2 mil aviões brasileiros operam nos Estados Unidos
Os Estados Unidos decidiram retirar as aeronaves civis da Embraer da nova tarifa de importação de 50%, anunciada pelo presidente Donald Trump. A medida, que impactaria diversos produtos brasileiros, manterá a atual alíquota de 10% para os aviões e seus componentes, após articulações do governo brasileiro, da própria Embraer e do setor aeronáutico norte-americano.
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A exclusão alivia pressões sobre a fabricante, que tem forte presença nos EUA, com cerca de US$ 3 bilhões em ativos e mais de 2 mil aeronaves em operação no país. Segundo o banco UBS, a nova tarifa poderia comprometer até 67% do lucro da Embraer.
O apoio da American Airlines, que encomendou até 133 jatos da Embraer em 2023, foi decisivo nas negociações. A fabricante ainda planeja investir mais de US$ 1 bilhão nos EUA, incluindo centros de manutenção e um projeto militar com o avião KC-390.
A ordem de Trump cita o Brasil como “ameaça incomum e extraordinária” à segurança nacional e prevê sanções adicionais caso o governo brasileiro adote medidas retaliatórias.
A Ordem Executiva assinada nesta quarta-feira (30) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevando o valor da tarifa de importação de produtos brasileiros para 50%, traz cerca de 700 exceções, como suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis, incluindo seus motores, peças e componentes.
Também ficaram de fora do tarifaço produtos como polpa de madeira, celulose, metais preciosos, energia e produtos energéticos.
No entanto, café, frutas e carnes não estão entre as exceções aplicadas pelos Estados Unidos e serão taxados em 50%.
Segundo o documento assinado por Trump, as taxas entram em vigor em sete dias, ou seja, dia 6 de agosto. Mercadorias que estão em trânsito para os Estados Unidos também ficarão de fora da taxação.
A ordem justifica que os Estados Unidos consideram o Brasil uma ameaça “incomum e extraordinária à segurança nacional dos EUA”. A classificação é semelhante à adotada contra países considerados hostis à Washington, como Cuba, Venezuela e Irã.
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