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BYD chama rivais de dinossauros: ‘por que incomodo tanto?’

Montadoras pressionam governo contra incentivos às chinesas. BYD defende estratégia local: ‘novo player chegou oferecendo mais por menos’

A chegada das marcas chinesas no Brasil tem provocado forte reação entre os principais grupos automotivos instalados no país. Uma carta enviada por representantes de Toyota, Stellantis, Volkswagen e General Motors ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pede que o governo reveja benefícios concedidos à empresa, especialmente a redução temporária de impostos durante a fase inicial de operação no Brasil.

As quatro montadoras alegam que as chinesas, em especial a BYD, estão praticando “concorrência desleal” ao importar veículos semi-montados com tributação reduzida, mesmo sem ter toda a estrutura fabril nacionalizada.

Em comunicado com o título “Por que a BYD incomoda tanto”, a empresa rebate as acusações e afirma que já está na fase final da construção da primeira etapa da fábrica em Camaçari (BA), em área anteriormente ocupada pela Ford. A estrutura atual contempla o galpão de montagem, e a nacionalização total está prevista em contrato com o governo da Bahia.

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Segundo a BYD, o pedido de equiparação tributária se justifica pelo fato de que há geração de empregos, movimentação logística e pagamento de encargos locais. A prática, afirma, foi adotada por diversas montadoras no passado sem contestação. O principal incômodo, segundo o texto, estaria ligado à perda de protagonismo das marcas tradicionais diante da rápida ascensão da BYD, que oferece veículos elétricos com maior conteúdo tecnológico e preços mais acessíveis.

BYD Dolphin Mini chega ao mercado brasileiro (Foto: Thiago Ventura/CEC)



“O que a BYD propõe ao Brasil não é um atalho nem uma esperteza fiscal. É uma visão de futuro com veículos mais limpos, mais seguros, mais conectados e com custo-benefício justo. Ajudar o Brasil a acelerar essa transição é um movimento estratégico não só para a marca, mas para o país. O Presidente deveria ouvir essas cartas — e usá-las como prova de que está no caminho certo. Porque se os dinossauros estão gritando, é sinal de que o meteoro está funcionando.”

A montadora chinesa também menciona o impacto positivo junto ao consumidor, citando que, após sua chegada, outras fabricantes reduziram preços de modelos eletrificados em mais de R$ 100 mil. No entendimento da empresa, a reação das concorrentes representa uma tentativa de manter um modelo de negócios defasado, marcado por alta carga tributária ao consumidor final e pouca inovação.

Comunicado oficial da BYD Auto do Brasil:

Por que a BYD incomoda tanto?


Empresa que trouxe carros tecnológicos, sustentáveis e mais acessíveis é atacada por concorrentes obsoletos

Dizem que o futuro chega de repente. Mas, às vezes, o que chega de repente é o e-mail. O da vez foi uma carta enviada por quatro das maiores montadoras brasileiras ao Presidente da República, implorando para ele abortar a inovação. É isso mesmo: pedem, com todas as letras, que o governo impeça a redução temporária dos impostos para quem ousa oferecer carros melhores por um preço mais justo.

Assinada por representantes da Toyota, Stellantis, Volkswagen e General Motors, a carta tem o tom dramático de quem acaba de ver um meteoro no céu. O problema não é o meteoro, claro. O problema é que ele está sendo bem recebido pelos consumidores — aqueles mesmos que, por décadas, foram obrigados a pagar caro por tecnologia velha e design preguiçoso.

Agora, chega uma empresa chinesa que acelera fábrica, baixa preço e coloca carro elétrico na garagem da classe média, e os dinossauros surtam. Não foi por acaso que uma concorrente reduziu o valor de um modelo elétrico em mais de 100 mil reais depois da chegada da BYD. Por que antes custava tanto?

A carta fala em “concorrência desleal”. Porque nada é mais desleal do que alguém jogar o jogo — e ganhar. Nada mais injusto do que montar um carro no Brasil sob o regime autorizado pelo governo, com data marcada para nacionalizar a produção, e ainda assim entregar um produto que as “locais” não conseguem nem sonhar em oferecer.

A reação da Anfavea e seus associados, infelizmente, não é novidade. Trata-se do velho roteiro de sempre: diante de qualquer sinal de abertura de mercado ou inovação, surgem as ameaças de demissões em massa, fechamento de fábricas e o fim do mundo como conhecemos. É uma espécie de chantagem emocional com verniz corporativo, repetida há décadas pelos barões da indústria para proteger um modelo de negócio que deixou o consumidor brasileiro como último da fila da modernidade.

A ironia é que enquanto as cartas se empilham em Brasília, os consumidores já tomaram sua decisão. Basta olhar os comentários nas redes sociais da própria Anfavea: “Lutar por carro mais barato vocês não lutam, agora querem nosso apoio pra que?”. Ou ainda: “Sempre vou dizer o seguinte: se a Anfavea está tão incomodada, é porque o outro lado vale a pena”. Os brasileiros querem andar para frente e não seguir em marcha a ré.

A redução temporária de imposto que a BYD pleiteia segue uma lógica simples e razoável: não faz sentido aplicar o mesmo nível de tributação sobre veículos 100% prontos trazidos do exterior e sobre veículos que são montados no Brasil, com geração de empregos locais, movimentação da cadeia logística e pagamento de encargos. Isso não é nenhuma novidade, outras montadoras já adotaram a mesma prática antes de ter a produção completa local.

E a BYD está fazendo isso. Em menos de um ano e meio, já está finalizando a primeira etapa das obras da fábrica em Camaçari (BA), no mesmo local onde outra montadora, que também era tradicional, desistiu do Brasil. Apenas o galpão de montagem final já é mais do que a metade do tamanho da antiga fábrica inteira. E o contrato com o Governo da Bahia já previa essa fase inicial de montagem enquanto o restante da estrutura é finalizado. Nada foi alterado. Tudo dentro do planejamento desde o começo.

O incômodo das concorrentes não tem a ver com impostos, nem com montagem, nem com empregos. Tem a ver com a perda de protagonismo. Com o fato de que um novo player chegou oferecendo mais e cobrando menos. Com o fato de que a tecnologia finalmente deixou de ser um luxo para poucos e virou realidade para muitos.

O que a BYD propõe ao Brasil não é um atalho nem uma esperteza fiscal.
É uma visão de futuro com veículos mais limpos, mais seguros, mais conectados e com custo-benefício justo. Ajudar o Brasil a acelerar essa transição é um movimento estratégico não só para a marca, mas para o país.
O Presidente deveria ouvir essas cartas — e usá-las como prova de que está no caminho certo. Porque se os dinossauros estão gritando, é sinal de que o meteoro está funcionando.

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