Paula Carolina

Maio Amarelo: movimento quer reduzir mortes no trânsito

Ações e campanhas do Maio Amarelo buscam chamar a atenção para a mortalidade no trânsito e incentivar mudança de hábito de motoristas e autoridades

Maio Amarelo é um movimento que pretende ser global, buscando a adesão de áreas governamentais e privadas. Foto: Oswaldo Corneti/ Fotos Públicas


Por Paula Carolina

Entre esta segunda e terça-feira começa em todo o Brasil e em outras partes do mundo o Movimento Maio Amarelo. Uma referência aos já bem-sucedidos Outubro Rosa (conscientização em torno do câncer de mama) e Novembro Azul (câncer de próstata), o Maio Amarelo busca chamar a atenção para a mortalidade no trânsito e, consequentemente, incentivar ações e campanhas, durante todo o mês de maio, em prol da segurança no trânsito. O símbolo, também em alusão ao Outubro Rosa e Novembro Azul, é um laço, só que amarelo, cor que faz referência à sinalização de advertência, usada nos semáforos.

Mais do que uma campanha, o Maio Amarelo é um movimento que pretende ser global, buscando a adesão de áreas governamentais e privadas unidas em torno do tema trânsito. O objetivo, conforme colocado pelo próprio movimento, é “chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o Brasil”. Obviamente, o que coloca a segurança no trânsito em igualdade de condições em relação às precauções e cuidados no tratamento de doenças graves como o câncer.

O tema também pega carona na resolução editada pelas Nações Unidas, em 2010, que determina o período entre 2011 e 2020 como a Década de Ação para a Segurança no Trânsito. O documento foi elaborado com base em estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países em que está incluído o Brasil. O País, aliás, aparece em quinto lugar entre os recordistas em mortes no trânsito no mundo, precedido por Índia, China, EUA e Rússia; e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito. E ainda segundo a OMS, se nada for feito, 1,9 milhão de pessoas deve morrer no trânsito em 2020.

O Movimento Maio Amarelo já tem a adesão de órgãos governamentais, privados e áreas de ensino em várias partes do Brasil. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), inclusive, comprou a ideia e estabeleceu em seu calendário de campanhas anual a sugestão do Maio Amarelo para o proliferamento de ações educativas em todo o País. O órgão, subordinado ao Ministério das Cidades, sugere que os funcionários da pasta, nessa terça-feira, usem roupas e acessórios amarelos em alusão à campanha.

A educação para o trânsito, prioridade estabelecida pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que completa 20 anos no próximo mês de setembro, ainda engatinha no País. O Movimento Maio Amarelo, se bem-sucedido, quem sabe poderá ser um marco na conscientização de governantes e população em torno de um tema que mata (e muito), mas pode deixar de matar se cada um fizer sua parte.

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