Criador do Peugeot 208 e do i-Cockpit, diretor de design troca PSA pela rival Renault

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Gilles Vidal foi responsável pela atual identidade visual da Peugeot, em modelos como o 208 e 3008. Gilles Vidal deverá trabalhar em novos projetos para a Renault

Gilles Vidal e uma de suas últimas criações, o Peugeot 208

Criador do novo 208 e  o painel i-Cockpit, dentre vários projetos da Peugeot e Citroën, o designer francês Gilles Vidal saiu da PSA e foi contratado pela rival Renault. Então diretor de design da Peugeot, Vidal se reportará diretamente a Laurens van den Acker, vice-presidente de Design do Groupe Renault. Como novo diretor de Design, a Peugeot nomeou Mattias Hossann, criador do e-Legend. 

Gilles Vidal, de 48 anos, era  diretor de design da Peugeot desde 2010. Sob sua gestão, a marca renovou sua identidade estilística, com um posicionamento de alto nível incorporado por carros como 3008 e 508. Dentro do Grupo PSA, ele também esteve no responsável pelo desenvolvimento da Experiência do Usuário (UX) e da Interface do Usuário (UI) e pela criação da agência do Laboratório de Design da Peugeot.

Gilles  começou em 1996 na Citroën, sucessivamente em design de interiores e exteriores, depois como gerente do Citroën C4 e C4 Picasso. Ele foi encarregado da produção dos carros-conceito Citroën e da responsabilidade pelo design avançado, antes de ingressar na marca Peugeot em 2009.

É dele a linguagem atual da Peugeot, com a dianteira no estilo garra de tigre no conjunto óptico. Próximo lançamento dele, o hatch 208 é criação de Vidal. 

Renault em crise

A mudança na equipe de design chega num momento delicado para a marca francesa. A montadora Renault registrou uma perda de 7,3 bilhões de euros (US$ 8,581 bilhões) no primeiro semestre, a pior de sua história, em função da crise da saúde e das turbulências de sua parceira japonesa Nissan.

O grupo francês, que já estava em uma situação difícil antes do coronavírus e que no final de maio anunciou o corte de 15 mil vagas de trabalho, informou que não fará previsões financeiras para exercício de 2020, devido à incerteza da pandemia.

“A crise da saúde que vivemos atualmente teve um forte impacto nos resultados do grupo no primeiro semestre e se somou às dificuldades preexistentes”, explicou a diretora-geral adjunta, Clotilde Delbos.

Esses números vermelhos se devem, principalmente, à contribuição da Nissan, da qual a Renault detém 43% das ações, e que provocou perdas de 4,8 bilhões de euros (US$ 5,642 bilhões).

(Com AFP)