Encontro histórico: Jeep Compass 80 Anos e Willys MB da 2ª Guerra Mundial

SUV médio tem série Especial 80 Anos que faz homenagem ao clássico Willys MB, modelo que deu origem à marca americana

Thiago Ventura

Em 15 de julho de 1941 a Willys-Overland celebrou um contrato para fornecer um novo veículo militar para as forças armadas dos Estados Unidos. Os militares queriam um veículo leve, de um quarto de tonelada, capaz de vencer terrenos difíceis para o esforço de guerra que estava por vir. Assim começou a ser fabricado na planta de Toledo, Ohio o clássico Willys MB. Mais de 360.000 desses Jeeps MBs seriam produzidos até 1945. Esse foi o início de um dos modelos e marca mais icônicos da história do automóvel.

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Esse legado está sob a batuta da Jeep, marca que atualmente faz parte do grupo Stellantis. Para celebrar os 80 anos de história, a montadora lançou séries especiais em várias partes do mundo, incluindo no Brasil. Por aqui, a Série Especial 80 Anos foi aplicada no Renegade, Compass, Grand Cherokee e Wrangler. Todos fazem referência ao clássico Willys MB.

Nós reunimos uma unidade do recém-lançado Compass 2022 com uma unidade de colecionador do jipe clássico. O modelo é original da Segunda Guerra, ano 1944, e possui vários acessórios militares, incluindo um suporte para metralhadora .50 e sistema de comunicação por rádio.

Compass 80 Anos

A novidade é o Jeep Compass Série 80 Anos. Trata-se da linha reestilizada do SUV médio mais vendido no Brasil. O modelo ganhou novo motor turbo Flex T270 com potência de 185 cv e torque de 270 Nm. Além disso, o carro apresenta novo design com mudanças por fora e por dentro. O Compass exibe novo volante, faróis Full LED e central multimídia conectada de 10’1”.

A Série Especial 80 Anos da nova geração do Compass conta com acabamento externo escurecido em tom grafite, interior em Black Piano, revestimento interno do teto na cor preta e costuras exclusivas, além de badges e tags “80th” na parte externa e interna do carro. A versão é disponível nas cores: Prata Billet, Preto Carbon, Azul Jazz, Branco Polar, Verde Recon e Cinza Granite.

Derivado da versão Longitude, o SUV possui seis airbags, controle eletrônico de tração e estabilidade, bancos em couro, freio de estacionamento eletrônico e hill holder. Com a série, o carro acrescenta ainda sistema de som premium Beats e o park assista, sistema de estacionamento automático.

Willys MB

O clássico Willys MB fez parte do esforço de guerra dos Estados Unidos contra os países do Eixo na Segunda Guerra Mundial. Além da Willys-Overland, também a Ford fabricou o modelo. O Exército desconfiou que a Willys não conseguiria entregar a quantidade desejada e contratou também marca de Dearborn, que deveria fabricar o modelo exatamente igual, com peças intercambiáveis para facilitar a manutenção. Assim surgiu o Ford GPW. Cerca de 360 mil jeeps da Willys foram fabricados e 280 mil da Ford.

Os modelos tinham as mesmas características: Comprimento de apenas 3.36 m, largura de 1.57 m e peso bruto total de 1.113 kg. O motor era um Willys Go Devil com até 55 cv, transmissão manual de três marchas e tração nas quatro rodas.

O veículo fez muito sucesso entre os militares sua designação General Purpose, abreviada pela sigla GP deu origem ao apelido: “jeep”. A Willys que não era boba nem nada, registrou a marca ‘Jeep’ e após fim da guerra, lançou a versão civil do Willys MB, o CJ (Civilian Jeep).

O CJ-2A de 1945 se tornou o primeiro veículo leve com tração nas quatro rodas disponível em massa para o público em geral. Embora o CJ-2A tenha compartilhado a arquitetura básica do MB, houve diversas melhorias notáveis. Isso incluiu uma tampa traseira dobrável, estepe montado na lateral, faróis maiores e uma unidade de tomada de força.O carro se espalhou pelo mundo, tendo sido fabricado em vários locais, inclusive no Brasil. O carro foi montando no Brasil a partir de 1957.

De Willys à Stellantis

A Willys-Overland foi fundida com a Kaiser Motors em 1953, surgindo a Kaiser Jeep. Em 1970, a Kaiser-Jeep foi comprada pela American Motors Corporation (AMC), que preservou apenas o Jeep da antiga proprietária. No final dos anos 70, também a Renault entrou na história da Jeep ao comprar parte da AMC com interesse de vender os produtos da marca americana na Europa.

Uma série de problemas da Renault e de dívidas da AMC fizeram com que a empresa fosse comprada em 1987 pela Chrsyler LLC, que passou a assumir a marca Jeep. A AMC foi extinta em 1990. Em 2014, a americana se uniu com a italiana Fiat, gerando a Fiat Chrysler Automobiles (FCA). E por fim, já neste 2021 foi criada a Stellantis, união da FCA com o Groupe PSA.

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