Prepare o bolso: Petrobras aumenta preço do diesel e gasolina

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Reajuste no preço do diesel e gasolina ocorre após aprovação de texto polêmico que limita o ICMS. Petrobras alega aumento dos derivados no mercado internacional

Limite do ICMS prevê no máximo 17% de alíquota nos estados
Aumento no preço da gasolina e do diesel é válido a partir deste sábado 18 (Foto: Marcelo Camargo/ABR)


Após 99 dias congelado, o preço da gasolina será reajustado no sábado (18) pela Petrobras, passando a custar R$ 4,06 o litro nas refinarias da estatal, uma aumento de 5,2%. Já o preço do diesel sobe ainda mais: 14,2%. A petroleira vai passar a vender o combustível por R$ 5,61 o litro. O anúncio foi feito nesta sexta (17) com tabela válida a partir do próximo dia.

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A Petrobras informa que o aumento acontece devido disparada dos preços dos derivados no mercado internacional. A alta do do barril de petróleo ocorre devido fechamento de refinarias em meio à guerra entre a Rússia e Ucrânia.

Com esse reajuste, a queda prometida com o PLP que limita a alíquota do ICMS pode ser nulo. Nessa quarta, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto, que segue para sanção presidencial. Governadores reclamam de queda na arrecadação.

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), para alinhar o preço interno com o praticado no Golfo do México, de onde sai a maioria das cargas, o aumento deveria ser de R$ 0,57 para a gasolina e R$ 1,37 para o diesel, diante de defasagens de 13% e 21%,respectivamente.

O aumento segue a escalada de preços do petróleo no mercado internacional. Nesta sexta-feira, os contratos da commodity para agosto eram comercializados a US$ 119,5 o barril no período da manhã, pelo horário de Brasília.

O câmbio também não está ajudando e já ultrapassa os R$ 5, com a cautela dos investidores impulsionando a moeda norte-americana.

O preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, não sofreu reajuste. Em nota para divulgar os aumentos, a Petrobras afirmou que tem buscado o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem repasse imediato para os preços internos da volatilidade das cotações internacionais e da taxa de câmbio. 

“Esse posicionamento permitiu à Petrobras manter preços de GLP estáveis por até 152 dias; de diesel por até 84 dias; e de gasolina por até 99 dias. Esta prática não é comum a outros fornecedores que atuam no mercado brasileiro que ajustam seus preços com maior frequência, tampouco as maiores empresas internacionais que ajustam seus preços até diariamente”.

Diesel e gasolina x governo

A alta dos combustíveis tem sido ponto de tensão entre a Petrobras e o governo. O presidente da República, Jair Bolsonaro critica a companhia pelos altos lucros e distribuição de dividendos bilionários, inclusive para a União, e pedia para que novos reajustes não fossem realizados.

Pelo estatuto da estatal, um eventual prejuízo provocado pelo seu acionista controlador (União) tem que ser compensado, ou seja, para segurar os preços em relação ao mercado internacional a União teria que pagar a diferença à Petrobras.

Nos últimos dias, outras autoridades ligadas a Bolsonaro vieram a público reclamar da estatal, como o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

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