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Para evitar fiasco em crash test, Renault Sandero recebe melhoria na segurança

Quem comprou Renault, Logan e Stepway produzido até 10 de dezembro de 2019 tem um carro mais inseguro do que quem levar o mesmo modelo a partir desta semana


Existe uma máxima que aconselha os interessados em um carro recém-lançado a “aguardar algum tempo para ver se não haverá algum problema” com a novidade. Esse ditado foi mais renovado: quem comprou um Renault Sandero, Logan ou Stepway 2020 produzido do lançamento até o dia 10 de dezembro de 2019 terá um carro mais inseguro que os fabricados a partir de 11 de dezembro.  É que a marca francesa foi obrigada a corrigir detalhes na segurança dos modelos para evitar um fiasco no teste de impacto feito pelo Programa de Avaliação de Veículos Novos para a América Latina e o Caribe (LatinNCAP).

 

Equipado de série em todas as versões com quatro airbags (dois frontais e dois laterais), cinto três pontos e encosto de cabeça para os cinco ocupantes  e Isofix para cadeirinhas infantis, Sandero, Logan e Stepway receberam apenas uma estrela para adultos e quatro para crianças no crash test. O resultado já é pífio por si só, mas um fator chamou atenção dos especialistas.

Airbag do modelo fabricado no Brasil era inferior ao colombiano. Repare também an estrutura mais simples do banco

O Sandero vendido no Mercosul é fabricado em São José dos Pinhais (PR) e na Argentina, mas o mesmo modelo, produzido pela Renault na Colômbia, recebeu três estrelas de segurança, em resultado divulgado nessa quarta (11).  Ao tentar entender o que aconteceu, o Latin NCAP descobriu que o carro fabricado no Brasil é inferior ao colombiano em três aspectos: tamanho e forma dos airbags laterais, intrusão estrutural na proteção contra impactos laterais e estrutura dos bancos dianteiros.

Segundo a entidade, o  airbag da versão produzida na Colômbia (volume de 22 litros e maior área de cobertura) oferece uma proteção mais robusta em comparação com os airbags das versões produzidas na Argentina e no Brasil (volume de 18 litros e área de cobertura mais restrita. Além disso, os veículos fabricados na Colômbia mostraram uma intrusão estrutural um pouco menor no teste de batida de impacto lateral do que os carros fabricados no Mercosul.  Além disso, a estrutura dos bancos é notoriamente menor e mais frágil.  A impressão é que a Renault colombiana reproduziu o projeto da romena Dacia, onde o Sandero é vendido para o mercado europeu, enquanto a Renault do Brasil e Argentina optaram por simplificar o projeto e reduzir custos.

 

 

Notificada pela entidade, a Renault resolveu agir para evitar a má repercussão de uma nota baixa em seu modelo. A francesa correu contra o tempo e adaptou as mudanças aplicadas pela subisiária colombiana em suas plantas a Argentina e Brasil. Com isso, a segurança de Sandero, Logan e Stepway ficou da seguinte forma:

Todos os Renault Sandero/Logan/Stepway até o número de série (VIN) 93Y5SRZ85LJ319432 (data 10/12/2019) para carros fabricados no Brasil; até VIN 8A14SRYE5LL345154 (data 03/12/19) para veículos fabricados na Argentina, e até VIN 9FB4SR0EGLM157526 (data 18/07/2019) para veículos fabricados na Colômbia são uma estrela para proteção de ocupantes adultos e quatro estrelas para proteção de ocupantes infantis. A partir desses VINS e datas para cada planta de produção, os Renault Sandero/Logan/Stepway têm três estrelas para proteção de ocupantes adultos e quatro estrelas para proteção de ocupantes infantis.

Ou seja, todos que compraram Sandero/Logan/Stepway fabricados até 10/12/2019 têm um carro pior em nível de segurança de quem comprou o mesmo modelo produzido a partir de 11/12/2019.

Apesar de agora três estrelas, o Latin NCAP considera o resultado ruim, pois  o modelo  não possui lembrete de uso do cinto de segurança (SBR) para o passageiro da frente e o nível de disponibilidade do Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC) está abaixo dos volumes recomendados.

“O Latin NCAP aprova a reação da Renault em melhorar a segurança dos populares Sandero, Logan e Stepway, bem como a estratégia da Peugeot para melhorar o equipamento do 301. As famílias do Sandero e 301 são modelos muito populares na América Latina, e o Latin NCAP está pressionando fortemente para os modelos mais populares alcançarem níveis de cinco estrelas. Ao mesmo tempo, a decisão da Renault e da Hyundai é decepcionante, pois ainda não oferecem o ESC como equipamento padrão nos modelos avaliados”, comentou, Alejandro Furas, Secretário Geral do Latin NCAP.

 

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