Aumento da gasolina será de R$ 0,23 nesta quarta (25) nas refinarias da Petrobras. Motorista deve esperar repasse imediato dos postos de gasolina logo nas primeiras horas
Após duas reduções seguidas, fruto de adaptação do mercado, a Petrobras (PETR4) anunciou nesta terça-feira o primeiro aumento da gasolina em 2023. É também a primeira elevação de preço na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na presidência, apesar de que a gestão da empresa ainda é do indicado do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os novos valores serão cobrados a partir desta quarta (25) nas refinarias.
No entanto, espere aumento na bomba já nas primeiras horas desta quarta, mesmo com combustível antigo, o que é de praxe entre os postos de combustíveis. Tal prática pode configurar abuso econômico. Logo no começo do ano, postos de gasolina aumentaram os valores e estão sendo investigados por cartel pelo Cade, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica.
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Segundo a estatal, o preço médio de venda de gasolina Tipo passará de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, um aumento de R$ 0,23 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,42 a cada litro vendido na bomba.
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A Petrobras afirma que tal reajuste é fruto da evolução dos preços internacionais, política implantada desde o governo Temer. Durante a gestão Bolsonaro, a estatal manteve a estratégia, contudo por intervenção do mandatário, o preço foi represado durante o período eleitoral.
Além disso, o ex-presidente zerou os impostos federais sobre a gasolina, diesel e etanol até 31 de dezembro de 2022, o que promoveu um grande redução no valor, que chegou ao R$ 7 no primeiro semestre. O novo mandatário manteve a isenção da gasolina até 28 de novembro e do diesel e gás de cozinha até o final de 2023. Sem tal medida, a gasolina poderia ter subido R$ 0,69 logo no primeiro dia deste ano.
“Esse aumento acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”, diz a empresa em comunicado.
Aumento da gasolina insuficiente?
Apesar de doer no bolso do proprietário de carro, o valor do aumento é considerado “insuficiente” para a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). O presidente da entidade, Sérgio Araújo, avaliou o aumento do preço da gasolina anunciado como insuficiente para que se abra uma janela de importação do combustível.
“Ainda ficou um espaço para novo aumento, a gente esperava um reajuste maior. Desde que a Petrobras anunciou o último reajuste, há 50 dias, a gasolina já subiu R$ 0,61 por litro no Golfo”, declarou o presidente da Abicom.
A entidade defende que a Petrobras utilize o preço no Golfo do México, usado como referência para medir a paridade de importação (PPI). Considerando tal métrica, o valor está cerca de R$ 0,55 por litro em média acima do preço comercializado no Brasil.
Toyota na mira da Justiça
A montadora Toyota virou alvo de investigação do Ministério da Justiça e Segurança Pública por conta do escapamento do Corolla Cross, que recebeu o ingrato apelido de ‘marmita’. A marca japonesa deverá prestar esclarecimentos sobre possível baixo padrão de qualidade das peças e suposta camuflagem do SUV médio na linha 2023. A investigação é promovida pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e o próprio ministro da Justiça está empenhado na denúncia. Leia mais aqui!