Coluna Fernando Calmon

Ford EcoSport 2018: saindo da anestesia para retomar liderança

Concorrência entre os SUVs se acirrou e anestesiou a marca, que só agora reagiu. Ford EcoSport 2018 aposta em segurança, mecânica e interior. 

Por Fernando Calmon
Coluna Alta Roda

O EcoSport teve fase de ouro desde seu lançamento em 2003. Os concorrentes ficaram anestesiados, vendo a banda passar, e só em 2011 surgiu o Duster. Em 2013, foi lançada a segunda geração do modelo que havia inaugurado o mercado mundial de SUV compactos, segmento que só existia aqui. Nesses últimos quatro anos a concorrência se acirrou e desta vez anestesiou a Ford, que só agora reagiu.

A resposta acaba de chegar com o EcoSport 2018. O modelo de quarta geração, segundo o fabricante, estreia aqui antes de outros mais de 140 países, inclusive dos EUA. Externamente há poucas diferenças, concentradas na parte frontal, como grade e luzes de uso diurno em LED (a partir da versão intermediária Freestyle). Na traseira conservou o estepe externo, modismo superado, mas o fabricante decidiu mantê-lo porque seu porta-malas tem volume no limite do aceitável (362 litros). O sistema de rebatimento do banco traseiro é engenhoso e o assoalho do porta-malas possui uma prancha para maior flexibilidade na arrumação da bagagem.

Para compensar, a marca americana investiu pesado em segurança, mecânica e interior. Por dentro, as mudanças são profundas com bancos novos, além de nível de acabamento e materiais bastante superiores ao padrão franciscano anterior. Painel é todo novo e inclui telas multimídia de 6,5 pol. (Freestyle) e 8 pol. (Titanium), maiores que as dos concorrentes. O próprio quadro de instrumentos agora enche os olhos. Ar-condicionado digital é de última geração. Pena que perdeu o espaço sob o assento do banco do carona, antes existente.

Em termos de segurança tornou-se novo paradigma entre SUVs de menor porte. São sete airbags e controle de trajetória (ESC) de série e, na versão de topo, alerta de tráfego transversal, aviso de ponto cego no retrovisor esquerdo e faróis de xenônio, entre outros.

Evolução marcante no trem de força começa pelo inteiramente novo motor de três cilindros, 1,5 litro, 137 cv, 16,1 kgfm (etanol). Entrega a maior potência específica entre motores de aspiração natural e trata-se do melhor motor flex (sem turbo) disponível no País. Surpreende pelo baixo nível de vibração conseguido por adoção de inédita (em motores de produção nacional) árvore balanceadora contrarrotativa e outros recursos de engenharia. Recebeu também nota A, em consumo de combustível do programa de etiquetagem veicular.

Ao avaliar o EcoSport nos arredores de Recife, o modelo da Ford demonstrou nítida superioridade sobre o motor de 1,6 L. Muitos podem até pensar que se trata de um quatro-cilindros. Já o motor de 2 litros recebeu injeção direta de combustível e passou a 176 cv (etanol), tornando-se o mais potente do segmento. Suas respostas são vigorosas a partir de 3.000 rpm. A caixa de câmbio automática de seis marchas é nova (igual à do Fusion). Estreia em substituição à automatizada de duas embreagens, conforme antecipado pela Coluna. Mudanças nas suspensões dianteira e traseira melhoram as respostas ao volante e passam sensação de maior robustez.

Grande trunfo deste SUV passa a ser o preço entre R$ 73.990 e R$ 93.990. Praticamente o mesmo da versão anterior, mas com itens custando entre R$ 5.000 e R$ 10.000 incorporados sem repasse.


Presidente da VW, David Powels, admitiu a produção de dois novos SUV, além do Tiguan Allspace (7 lugares) mexicano. Um é o T-Cross, na mesma base do Polo para produção em São José dos Pinhais (PR). E o segundo? A Coluna aposta no T-Roc, que divide arquitetura com o Golf. Poderá ser produzido na Argentina para equilibrar comércio bilateral.

Opção por alguma forma de eletrificação, incluindo obviamente modelos híbridos, não entrou à toa nos planos da Volvo. Decisão tem a ver com sua exposição excessiva no uso de motores a diesel. A marca está focada em modelos SUV, que são mais pesados. A Land Rover por igual motivo terá de se mexer na mesma direção, incluindo a Jaguar: híbridos e elétricos.

Fiat Mobi GSR, que recebeu terceira atualização do câmbio automatizado de uma embreagem, demonstra evolução. Trocas de marcha estão mais suaves. Trancos também diminuíram, porém exige respeitar as limitações normais deste recurso mais barato de automatização. Pelo preço menor, uma opção válida. Motor de 1 litro tem potência abaixo dos concorrentes.

Pepper, linha de visual esportivo para up! e Saveiro que começou no Fox em 2014, passa a dividir com o conceito Cross o alto de gama da VW. Decoração é discreta e no up! há opção de teto pintado de preto. Preço, com motor TSI: R$ 57.900. Interessante notar que 70% das vendas do subcompacto concentram-se na versão turbo do motor tricilindro, algo surpreendente.

Chevrolet S10, modelo 2018, ganhou aperfeiçoamento na caixa de câmbio automática das versões com motor a diesel. Sistema pendular absorve parte das vibrações, formando uma espécie de filtro mecânico para diminuir vibrações transmitidas à cabine. Dá para sentir bem este efeito em comparação ao modelo anterior. Preço: R$ 153.990 a 181.590.

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