Minas registra aumento de 11,9% na venda de seminovos. Volkswagen Gol, Fiat Palio e Fiat Uno estão entre os mais vendidos na capital e estado
A procura por veículos seminovos e usados segue movimentando o setor em março, de acordo com a Associação de Revendedores do Estado de Minas Gerais (Assovemg). Apesar da expectativa de retração, o Brasil registrou um aumento de 29,6% em relação a fevereiro, em Minas Gerais a alta foi de 11,9% enquanto a capital Belo Horizonte comemorou positivos 16,9% superando o mês passado.
Em Minas foram comercializados, em março, 116.879 unidades, já em Belo Horizonte o número foi de 30.347 em comparação aos de 26.138 de mês de fevereiro. Os números representam uma alta de 23,01%. No cenário nacional foram 1.096.602 veículos comercializados em comparação com 838.162 vendas no mês anterior.
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Os veículos mais vendidos na capital são mais uma vez o Fiat Palio encerrando o mês em primeiro lugar com 1.527 unidades, seguidos do Volkswagen Gol com 1.398 e o Fiat Uno com 1.305 em segundo e terceiros lugares respectivamente. No estado, ordem invertida com o Gol em primeiro, Uno em segundo e Palio em terceiro lugar.
“Mesmo com uma acomodação nos dados, os seminovos continuam valorizados em 2022. Apesar do aumento estar bem menor que nos dois anos de pandemia, esse crescimento segue sendo motivo de comemoração para o setor. Ainda compensa comprar um seminovo já que não tem tempo de espera e os custos tanto do valor de compra quanto IPVA são bem inferiores”, conta Glenio Junior, presidente da Associação de Revendedores do Estado de Minas Gerais (Assovemg).
No Brasil, panorama anual, foram comercializadas 43.919 unidades/dia, representando uma diminuição de 24,1% na venda de seminovos do ano anterior. Segundo a Assovemg, um fator que colaborou com a diminuição na curva de crescimento de 2022 pode estar relacionada à crise de fornecimento de insumos agravada pelo contexto da guerra Rússia e Ucrânia.
Venda de seminovos e o mercado automotivo
Segundo cálculos feitos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os valores para compra e manutenção dos veículos devem continuar elevados. A falta de microchips ocasionada pela alta demanda de setores de eletrônicos no ano passado causou um desequilíbrio na cadeia global de produção dos veículos zero quilômetro que está longe de se encerrar.
Com uma inflação oficial, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com alta de 10,79%, é provável que o setor de seminovos continue aquecido. Para o motorista esse aumento chega a 17,03% nos últimos 12 meses, valor que está relacionado ao preço de itens essenciais como os combustíveis e as peças.
Os veículos novos aumentaram cerca de 11,68% nos últimos 12 meses e soma-se ao crescimento nos valores dos impostos de novos emplacamentos como o IPVA e licenciamento, que subiram cerca de 7,89%, a conta acaba apertando ainda mais para quem quer optar por adquirir um carro novo.
Mas não é só a crise dos microchips, prevista para acabar em meados de 2022, que acabou se estendendo. A invasão Russa na Ucrânia desencadeou uma crise no fornecimento de insumos que não estava prevista nos cálculos dos especialistas. Níquel e alumínio são alguns dos metais, junto com os gases C4F6 e neon, responsáveis pela produção de automóveis em todo mundo e com amplo fornecimento dos dois países.
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