GWM terá veículos a hidrogênio no Brasil em acordo com SP

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Marca chinesa planeja criar submarca de veículos a hidrogênio. Acordo com governo de SP incentiva uso de energia verde

Haval Jolion: SUV é um dos produtos que a GWM pretende lançar, além de desenvolver novas tecnologias
Haval Jolion: SUV é um dos produtos que a GWM pretende lançar no Brasil, além de desenvolver novas tecnologias

Governo de São Paulo e Great Wall Motor Brasil (GWM) firmaram um acordo para desenvolvimento de projetos voltados à introdução de veículos a hidrogênio. O compromisso foi estabelecido em visita do governador Tarcísio de Freitas à planta da GWM em Iracemápolis (SP).

Com capacidade produtiva de 100 mil veículos por ano e previsão de iniciar a fabricação dos novos modelos em 2024, a nova fábrica em Iracemápolis será o maior polo de produção de veículos híbridos e elétricos da GWM no hemisfério ocidental. Além disso, a fábrica irá gerar 2 mil novos empregos diretos até 2025.

A parceria entre o Governo de São Paulo e a GWM é estratégica para ampliar a produção e uso de veículos e equipamentos à base de energia verde no Brasil. A companhia está investindo mais de R$ 10 bilhões para transformar a antiga fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis em um polo de veículos híbridos e elétricos para toda a América Latina.

Visita ao novo Complexo Automotivo da Great Wall Motors Brasil - GWM
Governador Tarcísio de Freitas, em Visita ao novo Complexo Automotivo da GWM (foto:Gilberto Marques / Governo do Estado de SP)

O acordo prevê a implantação de uma rota logística para veículos a hidrogênio e a identificação de parceiros para geração e fornecimento do combustível verde a partir de fontes renováveis, como o etanol. Além disso, o Governo de São Paulo irá engajar as universidades estaduais na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de descarbonização das cadeias de transportes.

Para o governador Tarcísio de Freitas, “São Paulo quer ser líder no processo de transição energética. Temos um grande potencial do estado no etanol, que é a ponte para termos veículos movidos a partir de hidrogênio e que vão ser muito viáveis na questão de carga. Será uma revolução no transporte brasileiro, a tecnologia está aí e, com uma dose de incentivo, vamos ter usinas de etanol produzindo também o hidrogênio verde. Vamos fechando as pontas da economia circular e, no final, proporcionando essa grande revolução energética. Todo o Brasil vai ganhar muito com isso”.

GWM e energia verde

O acordo com a filial brasileira vai de encontro com os planos da matriz. A GWM está planejando introduzir uma linha de veículos elétricos a células de combustível de hidrogênio (FCEVs). De acordo com a agência de notícias chinesa CLS, a fabricante de automóveis lançará esses FCEVs sob uma nova marca, que será posicionada como uma marca de alto padrão.

Fontes afirmam que a Great Wall Motor concluiu o planejamento de produtos para os novos FCEVs, mas o lançamento da marca, originalmente previsto para o segundo trimestre deste ano, foi adiado para o final do ano devido aos efeitos contínuos da pandemia COVID-19.

A introdução desse empreendimento fará com que a Great Wall Motor se junte a um grupo já cheio de sub-marcas. A empresa matriz GWM inclui a GWM Ute, Haval (SUVs convencionais), Ora (veículos elétricos), Tank (4x4s mais robustos) e produtos mais sofisticados da marca Wey.

A célula de combustível de hidrogênio é uma tecnologia inovadora que está sendo cada vez mais adotada pelas fabricantes de automóveis, que procuram opções mais sustentáveis de mobilidade. Os veículos movidos a hidrogênio produzem apenas água como resíduo, o que os torna muito mais limpos do que os veículos movidos a gasolina ou diesel. Além disso, a célula de combustível permite que esses veículos tenham uma autonomia mais longa e tempo de reabastecimento mais curto do que os veículos elétricos comuns.

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