Para revendedores de veículos usados, incertezas da política econômica e feriado afetaram vendas em outubro. Apesar da queda, mercado segue aquecido em relação a 2020
O mercado de veículos usados e seminovos registrou queda de 8,5 % nas vendas de outubro em relação ao mês anterior, revela a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto). Segundo a entidade, foram comercializados diariamente 58.424 veículos usados, contra 63.823 por dia, em setembro. O total do mês ficou em 1.168.479 veículos, contra 1.340.277 no mês anterior.
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O resultado se deve, além de outras incertezas do mercado, a mais um feriado emendado, desta vez, o da Padroeira do Brasil, no dia 12 outubro. Apesar disso, o mercado de usados e seminovos segue aquecido, tendência que deve se manter até o final do ano, principalmente devido ao aumento no preço do zero quilômetro.
No acumulado de 2021, o mercado já passou da marca de 12,7 milhões de veículos negociados, uma alta de 29,8%. Entre janeiro e outubro de 2020, na comparação, o volume ficou em 9.8 milhões de unidades, aponta a Fenauto.
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“As variações de vendas ainda podem ocorrer até o final do ano, já que, além de mais feriados emendados em novembro, elas podem ser influenciadas por outros fatores como a taxa de juros, a oferta de crédito mais seletivo e a preocupação com o rigor fiscal. Mas esperamos que o ano feche com um viés positivo, acompanhando o desempenho da economia”, declarou Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto.
Nessa quarta (10), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou para 1,25% em outubro, após ter registrado taxa de 1,16% em setembro, revelou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, a inflação acumula alta de 8,24% no ano e de 10,67% nos últimos 12 meses. O aumento dos combustíveis é um dos principais fatores da maior inflação no país.
Apesar dos números afetarem a economia, na visão de empresários do mercado de veículos usados e seminovos, o consumidor desse produto não deverá arrefecer o interesse. A justificativa é devido ao aumento do preço do zero quilômetro e a falta de produtos no mercado.
“A gente vive um momento em que a demanda é bem maior que a oferta, com falta de veículo zero quilômetro. Existem modelos que levam até seis meses para entrega. Com isso, a procurada pelo seminovo está enorme”, afirma Flávio Maia, diretor comercial da Auto Maia Veículos e diretor de marketing da Associação dos Revendedores de Veículos no Estado de Minas Gerais (Assovemg).
Para o empresário, essa condição fica ainda mais evidente em veículos diferenciados, com baixa quilometragem e sem retoques. “Cliente que busca esse tipo de produto não está pensando muito na inflação, pois a situação é de escassez de produto. E mesmo com situação de elevação dos juros, ele tenta flexbilizar a parcela, mas não em desistir do negócio”, aponta Maia.
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