A Associação Brasileira do Veículo Elétrico manifesta sua decepção com as declarações recentes dos governadores de São Paulo e Minas Gerais, ambos surpreendentemente hostis ao desenvolvimento do mercado de veículos elétricos e híbridos no Brasil.
Governadores de São Paulo e Minas Gerais são alvo de críticas da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) por causa de decisões polêmicas
A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) emitiu uma nota oficial criticando as recentes declarações e ações dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), em relação aos veículos elétricos e híbridos no Brasil. A entidade, que representa empresas envolvidas na promoção e desenvolvimento da mobilidade elétrica no país, levantou preocupações sobre as implicações das políticas e comentários recentes dessas autoridades para o setor.
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Conforme já publicamos, o governador de São Paulo vetou integralmente um projeto aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que concedia isenção de IPVA para veículos elétricos, híbridos e movidos a hidrogêncio. Tarcísio justificou que apenas híbridos a etanol e hidrogênio devem ter incentivo.
Já Zema deu uma declaração polêmica para criticar carros elétricos. Na visão do governador, esse tipo de tecnologia é uma grave ameaça a milhões de empregos no Brasil. O estado é sede de uma das fábricas do grupo Stellantis e também possui produção de etanol.
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Para a ABVE, as afirmações de Romeu Zema, nas quais ele mencionou que a eletromobilidade “ameaça os empregos” dos brasileiros, e a decisão de Tarcísio de Freitas de vetar um projeto de lei favorável aos veículos elétricos e híbridos, não estão alinhadas com os investimentos substanciais que empresas do setor automotivo têm feito no Brasil. A entidade lembra que essas empresas estão transformando a indústria automobilística nacional, inclusive por meio da aquisição de plantas industriais desativadas.
O presidente da ABVE, Ricardo Bastos, comentou sobre a situação, afirmando: “Não faz sentido as autoridades dos principais Estados do país criarem insegurança a empresas que já se comprometeram a gerar empregos de qualidade e trazer inovação tecnológica à indústria brasileira.”
A ABVE ressaltou a importância de apoiar a tendência global da eletromobilidade, que engloba não apenas veículos particulares, mas também a produção de ônibus elétricos, infraestrutura de recarga elétrica e o setor de mineração relacionado a materiais essenciais para a fabricação de baterias, como o lítio.
Ricardo Bastos também questionou o enfoque dado ao lítio, um recurso abundante em Minas Gerais. Ele argumentou que o lítio poderia ser utilizado de maneira mais eficaz para a produção de baterias, automóveis e ônibus elétricos no Brasil, em vez de ser exportado in natura.
A ABVE defende que as afirmações de Romeu Zema, nas quais ele classificou o veículo elétrico como uma ameaça aos empregos, não refletem a realidade internacional e o progresso do mercado brasileiro. Além disso, a decisão de Tarcísio de Freitas de vetar um projeto de lei da Assembleia Legislativa que visava incentivar a eletromobilidade no Estado de São Paulo, em favor de uma proposta que negligencia os veículos elétricos, é considerada um obstáculo ao caminho promissor da tecnologia de combate às mudanças climáticas.
A ABVE observa que o aumento no número de veículos leves elétricos e híbridos emplacados nos últimos anos é um indicativo de que os consumidores brasileiros estão cada vez mais interessados em produtos modernos e sustentáveis. Isso tem impulsionado os investimentos no setor, resultando na criação de diversas empresas de veículos, componentes, equipamentos e serviços, bem como na proliferação de startups no setor de mobilidade elétrica.
A Associação Brasileira do Veículo Elétrico manifesta sua decepção com as declarações recentes dos governadores de São Paulo e Minas Gerais, ambos surpreendentemente hostis ao desenvolvimento do mercado de veículos elétricos e híbridos no Brasil.
A surpresa é ainda maior se considerarmos que os investimentos mais firmes do setor automotivo brasileiro, anunciados nos últimos meses, são justamente de empresas que estão transformando a indústria nacional, investindo em novas tecnologias e renovando suas linhas de produção para fabricar tais veículos no país, inclusive com a aquisição de plantas industriais desativadas.
“Não faz sentido as autoridades dos principais Estados do país criarem insegurança a empresas que já se comprometeram a gerar empregos de qualidade e trazer inovação tecnológica à indústria brasileira” – disse o presidente da ABVE, Ricardo Bastos.“Não nos parece sábio essas autoridades darem um sinal de desconfiança à tendência mais relevante do setor automotivo mundial, e esperamos que essas posições sejam reconsideradas”.
“A eletromobilidade é um ecossistema completo. Inclui não só automóveis, mas a nova cadeia produtiva de ônibus elétricos, a vibrante indústria de infraestrutura de recarga elétrica e um promissor setor de mineração” – acrescentou Ricardo Bastos.
Ele lembrou que, em maio, o próprio governador de Minas Gerais lançou na Nasdaq, a bolsa de valores do setor tecnológico de Nova York, o importante projeto do Vale do Lítio.“Esse lítio é só para ser exportado in natura? Não seria mais adequado essa riqueza servir à produção de baterias, automóveis e ônibus elétricos no Brasil”? – pergunta o presidente da ABVE.
A ABVE entende que as afirmações do governador de Minas Gerais, segundo quem o veículo elétrico “é uma ameaça” aos empregos, estão em descompasso com a realidade internacional e o desenvolvimento do próprio mercado brasileiro.
Já a decisão do governador de São Paulo de vetar um projeto de lei da Assembleia Legislativa que propunha incentivos à eletromobilidade no Estado, substituindo-o por uma proposta que esquece os veículos elétricos, vai na contramão da via tecnológica mais promissora de combate às mudanças climáticas.
Para a ABVE, o crescente número de emplacamentos de veículos leves elétricos e híbridos nos últimos anos prova que o consumidor brasileiro aposta cada vez mais em produtos modernos e sustentáveis – daí os investimentos no setor.Esses investimentos estão criando um conjunto amplo de empresas de veículos, componentes, equipamentos e serviços, com um número crescente de startups surgindo a cada dia.
Por fim, a ABVE ressalta que a eletromobilidade não é incompatível com o setor de biocombustíveis. Ao contrário, ela se soma a uma vocação já consolidada da indústria brasileira e potencializa os benefícios de uma das matrizes de geração de eletricidade mais sustentáveis do planeta.
São Paulo, 20 de outubro de 2023
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