Comitiva visita embaixadas de países asiáticos de olho em montadoras para o lugar da Ford em Camaçari. Tata Motors e Mahindra podem ser opções
Estado mais afetado pela saída da Ford do Brasil, a Bahia tenta encontrar alguma montadora para ocupar o parque industrial da americana. Uma comitiva composta pelo governador, Rui Costa, industriais, Senai e sindicatos visitou embaixadas da Índia, Coreia do Sul e do Japão em Brasília em busca de uma luz no fim do túnel. O objetivo é destacar a presença do parque automobilístico disponível, a força de trabalho com expertise no setor para que uma nova indústria se instale na Bahia.
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Com o embaixador da Índia, Suresh K. Reddy, Costa iniciou a corrida por novas negociações, que abarquem tanto o setor automotivo quanto outros setores potenciais. A Índia possui uma indústria automobilística de crescimento exponencial, com destaque para a empresa Tata Motors, hoje dona da Jaguar e Land Rover, e para a Mahindra, que já possui atividade no Brasil, em Porto Alegre.
“Queremos convidar as fabricantes indianas para conhecer a área antes ocupada pela Ford para avaliar a possibilidade de instalação num dos maiores parques existentes no Brasil, inclusive com porto exclusivo”, disse o governador a Reddy, que respondeu ter interesse de que companhias indianas estejam no Brasil e na Bahia, além de querer iniciar parcerias no campo tecnológico, área que a Índia tem ampliado investimentos, assim como a Bahia.
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A conversa com o embaixador do governo do Japão, Akira Yamada, seguiu o mesmo viés. Um dos integrantes da comitiva de Rui Costa, o presidente da Fieb, Antônio Alban, destacou o algo a mais que a Bahia pode propiciar para além de incentivo fiscal. A capacidade de formação de mão de obra, o centro de tecnologia, que está entre os maiores do Brasil. “Queremos propiciar junto à manufatura a tecnologia embarcada”, pontuou Alban.
A relação comercial também esteve sob a mesa de negociação com o embaixador da Coreia do Sul, Kim Chan-Woo, que ficou impressionado com a estrutura do Senai/Cimatec. O representante sul coreano assegurou difundir as informações com o setor industrial de seu país. Ele citou o exemplo da Hyundai no Brasil e a necessidade de uma menor burocratização para mais negócios com este país.
Ao lado do governador, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, destacou a formação dos profissionais baianos que buscam oportunidade, frente aos desligamentos da Ford. “As visitas às embaixadas permitiram passar um pouco da qualificação técnica dos profissionais, formados pelo Senai e escola técnica, e ainda apresentamos a amplitude do complexo deixado pela Ford, o maior da América do Sul”. (Fonte: Governo da Bahia)
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