Volkswagen anuncia layoff na fábrica de Taubaté

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Mais de 800 empregados vão entrar em layoff na fábrica de Taubaté. Volkswagen produz o Polo Track, que tem liderado vendas no Brasil

Volkswagen Polo Track: mais vendido em junho de 2023
Volkswagen Polo Track: mais vendido em junho de 2023

A Volkswagen (VW) anunciou que implementará um layoff para 800 funcionários na fábrica de Taubaté. A medida entrará em vigor em 1º de agosto e terá duração de dois a cinco meses. A montadora afirmou que a suspensão dos contratos é necessária para adequar a produção à demanda de mercado.

O comunicado oficial da empresa ao Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) foi feito na tarde de sexta-feira (14), seguido por uma assembleia com os trabalhadores na fábrica. O presidente da entidade, Claudio Batista, culpou a alta taxa de juros, a Selic, que está em 13,75%. Segundo o sindicato, a medida tem inviabilizado a venda de carros novos, pois a maioria é adquirida por meio de financiamento.

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Um acordo coletivo firmado entre o Sindicato e a Volks garante estabilidade até 2025. Desde 2020, a montadora já utilizou um terço dos dias produtivos para implementar medidas de flexibilização, como layoff, férias coletivas, shutdown, dayoff e banco de horas.

A Volkswagen havia protocolado um pedido de layoff ainda este ano, inicialmente previsto para junho, depois adiado para julho. Com o lançamento do programa de carros populares, a montadora chegou a anunciar que não adotaria mais a suspensão de contratos em 2023.

A fábrica de Taubaté possui cerca de 3.100 trabalhadores e trabalhadoras e atualmente produz o Polo Track, novo carro de entrada da montadora. O acordo coletivo também prevê a produção de um SUV compacto na unidade a partir de 2025.

O que é Layoff?

O layoff é uma medida adotada por empresas em momentos de dificuldade econômica ou ajustes na produção, que permite a suspensão temporária dos contratos de trabalho de parte de seus funcionários. Durante esse período, os colaboradores afetados deixam de trabalhar, mas mantêm seus vínculos empregatícios e recebem uma espécie de “seguro desemprego” pago pela empresa, complementado pelo governo.

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Essa medida tem o objetivo de evitar demissões em massa, preservando empregos e permitindo que a empresa se reestruture sem a necessidade de desligar seus colaboradores. Geralmente, o layoff é adotado por um período determinado, que pode variar de alguns meses a um ano.

No Brasil, o layoff é regulamentado pelo Governo Federal, que estabelece as condições e regras para sua implementação. É importante ressaltar que essa medida deve ser negociada com os sindicatos dos trabalhadores e aprovada pelos órgãos competentes antes de ser efetivamente aplicada.