Crise provocada pela pandemia da Covid-19 provocou queda de 26,2% nas vendas de veículos. Balanço da Anfavea também revela queda brusca nas exportações
A venda de veículos teve uma queda de 26,2% no ano de 2020, ao serem licenciados 2.058.437 unidades. No mês de dezembro houve crescimento de 8,4% na comparação com o mês anterior. O último mês foi o melhor em vendas de veículos no ano (243.967 unidades), com média diária de 11,6 mil unidades. Na comparação com dezembro de 2019, houve queda de 7,1%, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (8) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Além disso, a indústria automobilística registrou as piores exportações desde 2002, um retrocesso de quase duas décadas. Foram enviadas ao exterior 324.330 unidades no acumulado do ano, número 24,3% menor do que o registrado em 2019. Em valores, a receita de US$ 7,4 bilhões foi menos da metade do que se exportou em 2017 (US$ 15,9 bilhões).
A produção chegou a 209.296 unidades em dezembro, o que segundo a entidade, foi uma boa surpresa, apesar de todos os desafios logísticos, das limitações de insumos e dos protocolos sanitários. “A indústria fez um grande esforço para atender a demanda, trabalhando aos finais de semana e suspendendo parte das férias coletivas, mas entra em 2021 com os estoques mais baixos de sua história, suficientes apenas para 12 dias de vendas”, disse o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
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No acumulado do ano, houve queda de 31,6%, quando comparado às 2.944.988 unidades de 2019 com as 2.014.055 produzidas em 2020, revela dados da Anfavea. “As quedas acentuadas, mas não tão drásticas como se projetava no início da pandemia. A grande injeção de recursos emergenciais na economia e a força do agronegócio ajudaram a amenizar as perdas do segundo trimestre, quando boa parte das fábricas e lojas permaneceram fechadas”.
Previsões para 2021
De acordo com o presidente da Anfavea, a entidade continua analisando o ano de 2020 com certa preocupação, mas avalia que os pontos positivos no meio da pandemia, apesar de todos as dificuldades, foram a injeção de liquidez nas linhas de crédito, o abono emergencial e as medidas de flexibilização para as indústrias – como a suspensão temporária dos contratos e a redução da jornada de trabalho. “Tudo isso ajudou a economia de alguma forma e atenuou a queda do PIB (Produto Interno Bruto)”.
Segundo Moraes, ao olhar para 2021 a expectativa é a de que haja crescimento do PIB em torno de 3,5%, o que indica que haverá crédito suficiente para atender o crescimento do mercado. Ele avalia que o mercado trabalhará com um câmbio flutuante e que a confiança do consumidor pode ser prejudicada pela pandemia, o que pode ser revertido com a vacinação da população.
Para o presidente da Anfavea, entre os desafios a serem encarados pelo setor estão a fragilidade do mercado de trabalho, desafio fiscal com a crise da covid-19, aumento da carga tributária anunciada pelo estado de São Paulo, extensão da crise sanitária, questões de logística e de oferta.
“Nossa estimativa para o setor em 2020 é conservadora, com a um crescimento de 15% nos emplacamentos totais, 9% nas exportações, produção crescimento de 25%. Se percebermos que existe movimento diferente das premissas iniciais podemos rever e ajustar as projeções”, disse Moraes. (Agência Brasil)
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