Renault Sandero R.S. sai de linha no Brasil após seis anos

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Último lote de 130 unidades do Renault Sandero R.S foi produzido em setembro. Hot hatch ficará inviável com nova regra para emissão de poluentes

Renault Sandero R.S.: hot hatch teve último lote produzido no Brasil (Foto: Rodolfo Buhrer/Renault)
Renault Sandero R.S.: hot hatch teve último lote produzido no Brasil (Foto: Rodolfo Buhrer/Renault)

Uma triste notícia para os fãs de autênticos carros esportivos: o Renault Sandero R.S. deixou de ser produzido na planta de São José dos Pinhais (PR) e o último e derradeiro lote chega para encerrar a trajetória do hot hatch no Brasil. Com preço beirando R$ 100 mil, o R.S. deixou de ser atrativo e caiu bastante nas vendas. Além disso, seu motor não passará nas novas regras de emissões e poluentes em 2022.

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Segundo informações divulgadas pela revista Quatro Rodas, o último lote de 130 unidades do Sandero R.S. foi produzido neste mês pela Renault. Destes, 100 serão destinados ao Brasil e 30 para a Argentina. Com baixo voluma de vendas e início das regras do Proncove P7, o carro deixa de ser lucrativo para a marca, que precisaria investir na atualização do motor 2.0 para mantê-lo. A Renault, claro, não se manifestou a respeito.

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O carro, que tem câmbio manual de seis marchas, custa R$ 96.490, incluíndo a cor branco Glacier. Esse valor tira o bom argumento de ser um esportivo mais acessível. Quando foi lançado, em junho de 2015, custava a partir de R$ 58 mil.

Renault Sandero R.S.: hot hatch teve último lote produzido no Brasil (Foto: Rodolfo Buhrer/Renault)

Sandero R.S. e o motor

O hot hatch é equipado com motor 2.0 aspirado com 150 cavalos, capaz de fazer e 0 a 100 km/h em 8s. Trata-se do motor que foi usado pelo Duster e Oroch, mas já aposentado. O bloco foi adaptado para maior performance, com ronco forte e muita força, acoplado com câmbio manual de seis marchas e relações curtas.

Porém, esse brinquedo será barrado nas emissões do Programa de controle da poluição do ar por veículos automotores (Proncove) P7. A regra que entra em vigor no próximo ano exige menores emissões de poluentes e consumo. Atualmente com Nota E no selo do Inmetro, o Sandero R.S. precisaria uma uma boa engenharia para escapar. O custo não compensaria.

E o 1.3 TCe?

Uma alternativa para dar sobrevida ao Sandero R.S. seria aplicar o motor turbo 1.3 TCe, recém lançado no Renault Captur 2022. O bloco, desenvolvido em parceria com a Mercedes-Benz rende no SUV até 170 cavalos de potência e 270 Nm de torque.

Porém, tudo indica que a marca francesa não vá investir nessa adaptação. Inclusive pela própria questão de preço. O carro ultrapassaria em muito a casa dos R$ 100 mil, o que tornaria sua vida mais difícil.

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